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domingo, 25 de janeiro de 2015

Dalai Lama Marxista?


Tenzin Gyatso, o décimo quarto Dalai Lama, em um discurso no dia 13 de janeiro desse ano, se identificou como um marxista por achar "necessária uma aproximação humana para que alcancemos a paz".

Isso não significa absolutamente nada. Por ter uma visão de mundo completamente diferente da nossa, não devemos fazer uma leitura superficial da declaração. Dalai Lama é o líder espiritual do budismo tibetano, ou seja, vive numa sociedade monástica, onde seus membros vivem pela fé e mantêm profundo desdém pelos bens materiais e prazeres mundanos, e incentivar uma produção comunitária sob essas condições é perfeitamente normal.

O erro do marxismo é justamente querer impor uma produção comunitária e igualdade de renda numa sociedade que está sempre em busca de tecnologia e conforto. Nunca uma sociedade que anseia por melhores condições de vida poderia abdicar da concorrência e liberdade de escolha, afinal, elas servem de combustível para que o mercado produza e ofereça, respectivamente, melhores bens e serviços. Além disso, o marxismo discrimina aqueles que possuem gostos diferentes, pois as rendas podem ser igualadas, mas nunca as preferências de cada indivíduo, sendo assim, os bens e serviços preferenciais da maioria custarão menos que de uma minoria, que não poderá elevar sua renda para compensar essa desvantagem, fazendo com que fique muito menos satisfeita. Essas pessoas serão discriminadas em nome da igualdade.

Mas nada disso é problema no budismo ou em tribos indígenas, portanto, Dalai Lama só é um babaca -- pois sabe o que aconteceu e ainda acontece na China --, mas não um psicopata como todos outros marxistas.




- Ian Maldonado.

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