Transracial é a pessoa cuja identidade racial não condiz com a raça designada em seu nascimento. Seja um caucasiano que se considera negro, um pardo que se considera amarelo ou até mesmo um negro que se entende como amarelo somente nas madrugadas de sexta-feira. A diversidade é grande, mas o respeito deve ser o mesmo.
Ontem (19/03), após passar a noite numa balada da Vila Madalena, zona oeste de São Paulo, mais um transracial foi vítima do preconceito. João Pedro Correia, conhecido na noite paulistana como "Índio Juca", foi abordado por três rapazes com socos e pontapés enquanto armava uma arapuca para apanhar uma pomba que estava do outro lado da rua.
Existe sim uma cultura de discriminação constantemente reforçada pelo sistema e é necessário que o poder público reconheça esse fato e construa estratégias concretas, como ações afirmativas, para redução dessa situação. Precisamos chamar a atenção da sociedade para esse problema.
Alguns parlamentares, no entanto, entenderam a questão transracial como essencial para a construção de uma maior integração social no futuro e já estão se mobilizando: um material didático será apresentado ainda esse ano nas escolas do ensino fundamental da rede pública. A ABTR (Associação Brasileira dos Transraciais) e algumas lideranças da bancada LGBTT e racial (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Transraciais) se reuniram nessa tarde com o Ministro da Educação para discutir a possibilidade desse material ser distribuído também nas escolas da rede privada, sobretudo nas católicas, onde a discriminação está presente de forma mais contundente.
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