Que a Folha de S.Paulo é a favor do governo nós já sabemos, mas o que fizeram ao publicar que havia 210 mil pessoas na Av. Paulista foi asqueroso e demonstrou, mais uma vez, a canalhice e falta de profissionalismo dessa gente.
Cada pessoa representa, em média, 0,184m² (51cm x 36cm) — em situações de extrema compactação a área ocupada por indivíduo se reduz a 0,070m² —, e uma área de 1m² geralmente é ocupada por seis pessoas em eventos formais, como desfiles militares, e por até catorze em aglomerações como ônibus, metrôs ou shows lotados.
Quem teve o prazer de estar na Av. Paulista ontem, dia 15 de março, viu como estava. Eu, de cima do caminhão de som, não conseguia enxergar nada além de um mar de gente, o que significa que a maior manifestação democrática da história do país ocupou os 121.500m² (2,7km x 45m) da avenida e, mesmo se fosse possível considerar apenas seis pessoas por m², como aconteceria em um evento formal — que não era o caso —, já teríamos mais de 700 mil pessoas, um número infinitamente maior do que aquele veiculado pela Folha. E isso tudo sem contar as ruas adjacentes.
Isso não me espanta. Se aceitam um sujeito como Guilherme Boulos, invasor e pelego profissional, como colunista, é fácil imaginar o nível de de credibilidade do periódico. Os números publicados pela Polícia Militar, que utilizou uma ferramenta que se baseia em mapas com georreferenciamento, e pelos demais veículos midiáticos, que entenderam que lutamos, inclusive, pela garantia do emprego de seus funcionários e por uma imprensa livre, explicita esse desejo macabro da Folha em distorcer a realidade para se firmar como imprensa oficial do Estado.
O povo se lembrará disso.
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